


Afrofuturismo Cultura Digital Experiências Imersivas Oficinas
Afrofuturismo Cultura Digital Experiências Imersivas Oficinas
Afrofuturismo Cultura Digital Experiências Imersivas Oficinas
Afrofuturismo Cultura Digital Experiências Imersivas Oficinas
Afrofuturismo Cultura Digital Experiências Imersivas Oficinas
Exposição

Assento o futuro em preta luminância
Nos quilombos, não se aceita a imposição de um destino. O tempo por vir se apresenta como o tempo das possibilidades.
Assim como na cosmovisão iorubá, Exu não está dentro do tempo — ele inventa o tempo, é o nascente e o poente (Rufino e Sodré).
Reside, nos territórios quilombolas, desde sua gênese, um afro-futuro atemporal.
Lugar de confluência entre as forças da natureza e os modos de vida.
Espaço para criação de imaginários livres, por meio de um resgate histórico, luta política e afirmação de uma cosmogênese afrocentrada.
Espaço-tempo de resistência pela retomada de si.
Assim como na cosmovisão iorubá, Exu não está dentro do tempo — ele inventa o tempo, é o nascente e o poente (Rufino e Sodré).
Reside, nos territórios quilombolas, desde sua gênese, um afro-futuro atemporal.
Lugar de confluência entre as forças da natureza e os modos de vida.
Espaço para criação de imaginários livres, por meio de um resgate histórico, luta política e afirmação de uma cosmogênese afrocentrada.
Espaço-tempo de resistência pela retomada de si.
Essas geografias negras não se restringem ao território em que vivem e preservam, mas devem ser percebidas também como dimensão profunda de conhecimento e prática consciente. Uma ciência que se revela na sofisticada capacidade de biointeração, colaboração, comunicação multi e extra-sensorial, criação, recodificação e libertação. Saberes que são verdadeiros antídotos para muitas das distopias humanas. A origem do cuidado no cuidado da origem.
O preenchimento de hiatos físicos e simbólicos deixados por um apagamento cultural marca a reexistência constante dos povos do Atlântico Negro. Ainda hoje, a valorização da produção de conhecimentos utiliza parâmetros coloniais e, de forma sistemática, impõe obstáculos consideráveis para que um pensamento especulativo afropindorâmico possa pautar agendas tecnológicas, científicas, intelectuais, políticas e sociais. É patente que, em geral, as predições de futuro e a ficção científica não propõem o protagonismo de visões afrocentradas.

Assento o futuro em preta luminância surge do reconhecimento desse valioso acervo de memórias e saberes das identidades negras.
Fragmentos sensíveis de uma oralitura afrocentrada que remontam passado, presente e futuro, circunscritos simultaneamente em um movimento contínuo:
“começo - meio - começo”, como aponta a filosofia de Nêgo Bispo
Fragmentos sensíveis de uma oralitura afrocentrada que remontam passado, presente e futuro, circunscritos simultaneamente em um movimento contínuo:
“começo - meio - começo”, como aponta a filosofia de Nêgo Bispo
O projeto é fruto do Lab Quilombola, um encontro, uma confluência entre mestres quilombolas, artistas contemporâneos e da cultura digital.
Esse laboratório foi realizado em três territórios quilombolas: Caçandoca, Fazenda e Cafundó-Caxambu.
O amálgama desses envolvimentos, resultou em cosmovisões de futuro, em afrotopias.
Uma dobra das realidades impostas e linhas de fuga para as nossas contradições.
A reinvenção de práticas cotidianas a partir de um olhar que retém as virtudes das sabedorias dos antepassados.
Esse laboratório foi realizado em três territórios quilombolas: Caçandoca, Fazenda e Cafundó-Caxambu.
O amálgama desses envolvimentos, resultou em cosmovisões de futuro, em afrotopias.
Uma dobra das realidades impostas e linhas de fuga para as nossas contradições.
A reinvenção de práticas cotidianas a partir de um olhar que retém as virtudes das sabedorias dos antepassados.
A emergência desta proposição reside na combinação de conhecimento quilombola, afrocentricidade, ancestro-futurismo, reparação histórica, ficção especulativa e construção de contra-monumentos.
Trata-se de uma ação afirmativa com o intuito de recontar eventos do passado, participar da construção do presente e posicionar o povo negro no centro das visões de futuro.
Vavuro!
André Anastácio
Curador
Trata-se de uma ação afirmativa com o intuito de recontar eventos do passado, participar da construção do presente e posicionar o povo negro no centro das visões de futuro.
Vavuro!
André Anastácio
Curador




